O segmento de câmeras de vídeo tem-se mantido estável em termos de novas tecnologias nos últimos tempos: o que se tem visto são, não grandes novidades, como foram as transições SD para HD e para 3D e seus novos codecs e sim aprimoramentos das já existentes. Assim, cada vez mais surgem equipamentos gravando ou no formato AVCHD (e seus nomes "marcas" proprietárias de diversos fabricantes), ou em formatos como o P2 HD ou mesmo em formatos que aproveitam de diferentes formas e em diferentes níveis os sinais sem compressão ou com baixa compressão.

Ou ainda, no nível profissional voltado para cinema, as tecnologias 4K. O MPEG4 embutido no AVCHD passou a dominar a grande maioria do mercado, desde o segmento de câmeras domésticas até o semi-profissional, tendo equipamentos ainda no segmento broadcast. No segmento de cinema digital e broadcast, onde o AVC-Intra da Panasonic já está presente em câmeras mais simples do que no passado, a promessa para o ano que vem é sua evolução, o AVC-Ultra, lidando com mais facilidade com a resolução 4K. A produção digital de filmes já cria hoje situações "invertidas" ou seja, trabalhos capturados nessa forma e exibidos em alguns cinemas na tradicional película, situação temporária, que tende a desaparecer junto com a película na projeção.

Cada vez mais comum também são câmeras com diversas opções de sinal de saída - algo que sempre existiu desde quando surgiu o HD (e os equipamentos tinham opção de sinal SD), mas, cada vez mais, esse leque se expande. Um exemplo é a câmera HDC-2500 da Sony, capaz de gerar diversos formatos HD e saída sem compressão RGB444. Estes sinais, apropriados para transmissão de eventos em 3D, levados aos estúdios via fibra óptica, fazem hoje parte de um cenário de ponta na videoprodução.

Mas, daqui a alguns anos, essas tecnologias estarão ao alcance do videomaker comum, talvez mais, talvez menos tempo, mas com certeza será possível ter gravações sendo feitas a baixo custo com essas características, do mesmo modo que hoje qualquer celular pode fazer vídeos em HD, algo inimaginável anos atrás. O segmento de DSLRs ganha reforço e mostra que estará presente como alternativa nas produções feitas para TV e internet, graças a suas lentes e grandes sensores.

A denominação para sua linha de equipamentos como a EOS C300 dada pela Canon, EOS Cinema, é uma mostra disso, onde a fotografia ganha movimento e passa a competir com o mercado tradicional de vídeo. Assim, seguindo a tendência, é esperado aumento de soluções voltadas a grandes resoluções e volume de informação gerado, como 4K e 3D.