Ao pensarmos em drones, logo lembramos dos conhecidos e pequenos aparelhos com vários motores e hélices, tão comuns hoje em dia. São classificados como UAVs (entre outras variações de nomes), de Unmaned Aerial Vehicle, ou seja, um veículo aéreo sem piloto a bordo.

Objetos como esses existiram, não, claro com a forma atual, mas de outras maneiras, primitivos, desde o séc. 19, na forma de balões levando explosivos em batalhas. Como sua definição inclui, além disso, serem objetos recuperáveis (o que os balões não eram), esses balões dessa época não são considerados UAVs. Também não são UAVs os modernos mísseis tele-guiados, pelo mesmo motivo - não são recuperáveis.

Anos mais mais tarde, com o descobrimento das ondas de rádio e suas aplicações, passou a ser possível controlar pequenos aviões para bombardeio nas guerras, estes, sendo capazes de retornar a suas bases. Ainda mais para frente, surgem as miniaturas de aviões e helicópteros para lazer, manobrados via radio-controle. Com o tempo, alguns desses aparelhos, principalmente helicópteros, passaram a ser usados em produção de vídeo e cinema, com grandes vantagens em relação aos aparelhos reais.

Mas seu manuseio exigia treino e conhecimentos em diversas áreas, afinal, sua forma de voar não era muito diferente da utilizada no comando dos aparelhos grandes.

E quando se pensa em aparelhos que voam, logo vem à nossa mente dois tipos bem diferentes: aviões e helicópteros. As asas dos aviões são fixas e é seu formato em determinado ângulo que faz com que o aparelho levante vôo quando corre para frente. Já no caso dos helicópteros suas asas são móveis e... asas? Sim, aquelas lâminas que giram também são consideradas asas, tanto que esses aparelhos são conhecidos como aparelhos de asas rotativas: assim como as asas fixas de um avião, é o ângulo dessas lâminas (também chamadas pás) que faz com que, ao girarem, seja produzida uma força que eleva todo o conjunto.

Controlando a velocidade do giro (mais rápida / mais lenta) a força que levanta o helicóptero irá variar, mas existe ainda outra forma de controle: as pás podem ser giradas em determinado grau, formando um ângulo maior ou menor com o eixo e com isso, também causando uma força de elevação maior ou menor - se essas pás forem colocadas em 90 graus em relação ao eixo, deixam de exercer força alguma de sustentação: é a situação em que vemos um helicóptero pousado mas com as pás girando - com isso o motor não tem que ser desligado ou então serem utilizados mecanismos de controle para desconectá-lo do eixo do motor.

Tendo subido, para ir para frente ou para os lados ou ainda para trás, além de controlar a velocidade do giro e a inclinação das pás, o piloto controla também a inclinação do eixo central ligeiramente para frente (fazendo com que o aparelho voe para frente), ou do mesmo modo, nas demais direções.

Esse é princípio básico de vôo desses aparelhos e é o grupo dos tradicionais e conhecidos helicópteros. Seu formato mais conhecido (exceto algumas experiências diferentes muito raras) possui um grande rotor com pás e usualmente um outro pequeno, localizado em uma cauda - isso para criar uma força que anule o torque causado pelo giro do rotor grande, caso contrário o helicóptero ficaria 'rodopiando' sem parar.

Uma alternativa é o uso de 2 rotores, um na frente e um atrás, ou um de cada lado, geralmente podendo ser rotacionados e levando a um aparelho híbrido, que pode voar tanto como helicóptero e avião ou ainda, ambos no mesmo eixo (montagem coaxial), tudo para anular a força de torque ao girarem em sentido oposto um ao outro. Esta última (coaxial) é empregada algumas vezes em alguns tipos de drones grandes.

E drone pode ser um helicóptero comandado por controle remoto ou um avião, comandado da mesma forma, porque o que define isso é ele poder voar sem levar um piloto a bordo. Mas, mais do que isso, o drone pode ter "controle próprio", quando possui processadores a bordo que tomam decisões, nos casos mais sofisticados, ou respondem a comandos gerados a partir do solo, de forma autônoma, como os que, uma vez lançados no ar, são capazes de seguir uma pessoa correndo por exemplo, corrigir sua própria estabilidade no ar, etc...

Tendo surgido na área militar, hoje é empregado também em grande quantidade de setores e aplicações das mais variadas, como poder mostrar a futuros compradores de um edifício ainda não construído como seria a vista a partir de determinado andar. Vigiância policial, reconhecimento de áreas de acidentes, inspeção de torres de cabos de alta voltagem e muito, muito mais. Inclusive, e principalmente, o uso das imagens geradas por uma câmera a bordo, em videoprodução.

Esse nicho de mercado expandiu-se enormemente nos tempos recentes, tendo surgido uma gama grande de modelos de drones, de diferentes tamanhos, capacidades de carga, autonomia de vôo, formatos, possibilidade de controle e... preços. Neste quesito existe grande variação também, ligada a diferentes fatores, desde qualidade a capacidades, resistência, sofisticação, etc... num mundo onde até o ar deixa de ser o limite, com os drones também subaquáticos.

Em videoprodução, principalmente no segmento semi-profissional, esses "pequenos objetos voadores" podem ser tão pequenos que cabem em um polegar ou tão ágeis que além de voar, podem rodar em diferentes superfícies. Uma nova perspectiva de imagens, novas facilidades e o principal, ao alcance do videomaker comum, este, é o drone