ao unir duas cenas utilizando corte seco (corte simples, sem utilizar efeitos de transições, como dissolve por exemplo), atentar sempre para a continuidade do movimento. Supondo por exemplo uma cena A, onde um garçon começa a encher um copo com vinho, sendo mostrado em um plano médio em que aparece além dele, também uma outra pessoa e o copo. A cena B é um close do copo sendo enchido. Na gravação, será feita uma tomada (take) do copo em close sendo enchido desde o início. Porém na edição, haverá erro de continuidade de movimento se o copo aparecer na cena B com bem menos líquido do que estava quando a cena A foi cortada. Este é um exemplo simples, mas o conceito pode ser aplicado a qualquer junção de cenas através de corte seco onde haja continuidade de movimento. Existem exceções no entanto, quando se quer criar um efeito dramático de suspense, como ocorre em filmes onde alternam-se por exemplo as imagens da vítima e do monstro que caminha em sua direção vagarosamente, sendo que propositadamente a imagem do monstro volta sempre alguns segundos para trás, sobrepondo-se ligeiramente à imagem mostrada anteriormente, para ampliar o suspense.