fitas magnéticas armazenam informações através da magnetização de partículas metálicas coladas sobre sua superfície. No entanto, esta magnetização, que ocorre durante a passagem da fita sobre as cabeças de gravação não dura eternamente. Com o tempo, vai perdendo sua intensidade. Assim, a imagem gravada em uma fita passará após alguns anos a apresentar falhas. A cor geralmente é uma das primeiras características a ser afetada. Não existe um valor exato de durabilidade de uma fita em termos de anos, uma vez que diversos fatores atuam sobre isso, desde a qualidade original da fita, do equipamento que fez a gravação, etc.... No entanto é possível afirmar que mantidas ótimas estas condições, uma fita armazenada de acordo com as regras de melhor conservação pode durar até 15 anos.

Assim, após um período de 5 a 6 anos recomenda-se efetuar uma cópia do que estiver gravado na fita, para uma nova. Isso dará nova vida (em termos de durabilidade) ao conteúdo gravado. No entanto aqui um outro problema surge: a degradação durante a cópia. Se o formato de gravação for analógico isso será inevitável. Porém se por um lado ocorrerá perda na qualidade do sinal gravado, por outro, manter a fita como único original pode ser pior. Para comprovar isso pode-se manter o original e a nova cópia feita. Após vários anos a melhor imagem será a da cópia mais recente, não a do original. Este intervalo de tempo (5 a 6 anos) pode no entanto não garantir a preservação da qualidade original da gravação, se alguns fatores não estiverem presentes, como condições adequadas de armazenamento, qualidade do original e do equipamento que efetuou a gravação etc..., conforme mencionado acima. Desta forma, recomenda-se a verificação periódica - uma vez por ano por exemplo - das condições da imagem gravada.

No entanto existe uma solução ideal para o problema: converter o registro analógico para digital. Isto, claro, não se aplica se o original já estiver em formato digital. Fitas gravadas em formato digital não deixam de funcionar sob o mesmo princípio: partículas metálicas magnetizadas. E, da mesma maneira, estas partículas com o passar dos anos perdem a intensidade de magnetização. Porém, ao contrário do sinal analógico, que possui milhares de variações de intensidade ao longo da gravação, o sinal digital possui somente duas, as correspondentes ao zero e ao um. Assim, enquanto que no processo analógico a perda de um desses valores individuais não pode ser recuperada, no digital isso é facilmente entendido e recuperado pelo processador eletrônico que trata este sinal.

Ainda assim, é recomendado no mesmo intervalo de tempo acima citado efetuar uma cópia para uma fita nova, neste caso, sem ocorrer perda alguma - não há degradação na cópia de sinais digitais. Quando às gravações analógicas, sua conversão para digital acarretará perdas mínimas, ganhando-se a vantagem da preservação indefinida das imagens. Uma das formas de se efetuar esta conversão é através de uma câmera digital: a maioria delas aceita como entrada sinais analógicos, que podem ser gravados após conversão automática na fita digital.