em cenas feitas de locais escuros, se o controle de exposição automática estiver ativado e a íris não puder ser mais aberta do que já estiver, o sistema fará o clareamento artificial da imagem, até atingir o valor correto de exposição. Esse clareamento é efetuado através da amplificação eletrônica do sinal obtido da leitura dos pixels; este procedimento, no entanto, "suja" a imagem, retirando sua clareza e definição e acrescentando um aspecto granulado à mesma. O resultado é parecido com o que ocorre em fotografia com o uso de filmes de alta sensibilidade (ISO 1200 por exemplo). O processo, chamado "gain", granula mais a imagem quanto maior for a intensidade de seu uso. Em outras palavras, quanto mais escura estiver a imagem, maior o valor de gain aplicado. Seus valores são indicados em dB (decibéis, em analogia ao que se conhece como "ruído" de imagem). Quando nenhum gain é aplicado, o valor do mesmo é indicado como 0dB. A seguir, tem-se, progressivamente, valores mais altos de gain (indicados como +3dB, +6dB, e assim por diante, de 3 em 3 dB). Câmeras do segmento semi-profissional permitem geralmente que se opte por desligar o gain automático ou não. A dica aqui é: se o gain automático estiver ativo, vale a pena observar pelo visor da câmera as indicações de dB para gain, fazê-las aparecer de algum modo. Isso porque como a área do visor é muito pequena, tem-se geralmente a ilusão de que a imagem está muito clara e boa, não sendo possível notar a sua granulação. A verificação de que tal ocorre devido ao gain permite tomar decisões, como continuar a gravação ou mudar de local ou de iluminação ou enquadramento quando possível.