ao ajustar a câmera (se ela possuir o recurso) para gravar cenas no modo progressive scan, qualquer movimento lateral em torno de seu eixo (pan) ou vertical (tilt) irá acarretar um efeito na imagem denominado "batimento", entendido como uma ligeira "trepidação" no movimento. A grosso modo, pode ser imaginado como se algo "segurasse" e depois "largasse" em um rápido e interminável ciclo o movimento feito com a câmera. Esse efeito decorre da forma como as imagens são capturadas nesse modo, ou seja, ao invés de através de linhas entrelaçadas como a tv comum (modo interlaced), as linhas são capturadas na forma progressiva, linha após linha, uma debaixo da outra, e não as pares e depois as ímpares. Esse efeito é parecido com o que ocorre no cinema, onde panorâmicas feitas com um equipamento registrando 24 imagens por segundo não conseguem dar fluidez suficiente ao movimento. Tanto em um caso como em outro o problema decorre da velocidade inferior de troca de imagens vistas pelo olho humano. Sabe-se que o olho não percebe a troca de mais do que 48 imagens por segundo.

A tv tradicional, que não tem esse problema, mostra 60 campos por segundo, mas na forma progressiva, apenas 30 quadros por segundo - e o cinema, 24. Se o conteúdo gravado nesse modo tiver muitas cenas de movimento portanto, as imagens possuirão um rastro, que pode, conforme a situação, incomodar quem as assiste. Assim, esse modo em vídeo deve ser utilizado somente quando possui objetivo definido, como por exemplo produzir quadros para posterior transferência para películas, produzir imagens para obtenção de fotografias digitais ou ainda vídeo para Internet. No caso de transferência para película não há objeção aos movimentos, pois a cadência de quadros desse meio (cinema) já é assim. Mas no caso de exibição em meio tradicional de tv e vídeo, vale a dica para reduzir os movimentos ou então executá-los mais lentamente.