panoramas mostrados com movimento de pan, por mais de 180 graus (mais do que um semi-círculo completo) são possíveis, porém exigem treino sobretudo para não acarretar o entortamento da imagem nas extremidades do movimento de pan, devido à torção do tronco, que puxa os braços para baixo. Uma dica para superar essa dificuldade e conseguir até aumentar o ângulo da panomâmica para um círculo completo ou mais, é quebrar o movimento em segmentos menores, mais fáceis de serem feitos. Iniciar o segundo deslocamento (pan) a partir do final do primeiro, que deve ter terminado em uma posição confortável (sem causar entortamento da imagem). Ao término, a complementação do efeito é feita gravando-se a imagem, no próprio local, do close de alguns segundos de uma pessoa admirando a paisagem. O enquadramento deve ser feito de modo que a paisagem fique às costas do cameraman. Este close pode ser obtido em outro local e hora, desde que as condições de iluminação sejam consistentes com as do local de onde a panorâmica foi gravada (para uma cena de pôr-do-Sol por exemplo, ao gravar-se o close da pessoa, esta deverá estar com seu rosto iluminado pela luz do Sol amarelo-alaranjada, típica do momento. A luz, por sua vez, deve vir de um ângulo baixo, supondo se por exemplo que a gravação foi efetuada no alto de uma montanha. Ou seja, manter a consistência é essencial e captar alguém no próprio local facilita, mas não é condição única para se conseguir o efeito. Este, é obtido na fase de edição, onde o close será colocado entre os 2 segmentos de pan efetuados. O close então agirá como um cutaway, disfarçando a ligeira diferença entre o enquadramento final da paisagem no primeiro segmento e a de início no segundo segmento. O cérebro do expectador é, nessa situação, distraído pelo cutaway, apagando os detalhes da última cena vista.