existem diversas regras e/ou sugestões comumente associadas ao uso do recurso do zoom em cinema e vídeo. A maioria delas visa coibir seu uso excessivo, limitando-o a pequenas intervenções. Utilizar o zoom para corrigir enquadramentos é uma das situações onde seu uso é indicado. Assim, se um determinado enquadramento ficou ruim porque uma pessoa que não deveria aparecer na cena entrou no campo de visão da câmera por exemplo, é possível corrigir a situação fechando ligeiramente o ângulo de visão com um pequeno avanço do zoom em direção à posição tele. A situação inversa também é possível. Outra possibilidade de uso é chamar a atenção do expectador para um determinado detalhe, fazendo zoom in sobre o mesmo. Ou para o que existe em volta desse detalhe, já enquadrado em close, fazendo a partir deste ponto zoom out sobre o mesmo. Em situações diferentes destas, como o uso do zoom para mudar o enquadramento da cena, o recomendado é durante a edição cortar o movimento do zoom, deixando somente seu resultado final. Recomenda-se também evitar que apareça toda a movimentação dentro dos limites das lentes, ou seja, se a lente varia de 5 a 80 mm, utilizar movimentos de 40 a 60mm por exemplo é preferível a movimentos de 5 a 70mm. Para movimentações que atinjam o limite da lente, como por exemplo estar fazendo zoom in e a lente ir aproximando-se no exemplo do valor 80mm, quando o limite for atingido a imagem pára bruscamente de crescer. Esta parada brusca, de efeito visual desagradável para o expectador (revelando inclusive um limite técnico do equipamento, ou seja, desviando a atenção do que se passa em cena) pode ser suprimida retirando-se na edição os últimos 1 ou 2 segundos do movimento. Pode-se também experimentar, com bastante sucesso, a movimentação bem vagarosa do zoom (in ou out), o que geralmente acentua a sensação dramática da cena. No entanto, a dica aqui, referente a tudo o que foi dito acima, é trocar as regras pela criatividade e pelo bom senso. Muitas obras artísticas de sucesso estão repletas de movimentos de zoom que são exatamente o oposto das regras acima expostas. O que não quer dizer que elas não devam ser seguidas, e sim que devem ser consideradas somente como leves diretrizes, que podem ser quebradas sem nenhum problema quando o que se quer mostrar é proposital e tem uma finalidade estética clara no conjunto.