se houver oportunidade, uma dica é procurar extrair diferentes "climas" de uma mesma paisagem. Durante o decorrer do dia, a temperatura da luz natural do Sol que ilumina a paisagem vai mudando, é menor ao amanhecer / entardecer e mais alta próximo do meio dia (algumas horas antes e depois). Somado à esse fato, o próprio Sol muda de posição, variando bastante as dimensões das sombras e áreas iluminadas, conforme o ângulo de incidência de seus raios. Com isso variam também os reflexos desses raios, que passam a ser emitidos a partir de superfícies antes não iluminadas, superfícies estas que podem possuir as mais diversas cores e texturas.

Outros fatores também entram no jogo das alterações: a névoa da manhã, a neblina, a passagem ocasional de nuvens, a poeira no ar, a chuva, a iluminação artificial à noite e outros. Levando-se em consideração que esses fatores todos somam-se e interagem uns com os outros, tem-se uma diversidade considerável de tonalidades, brilhos, cores e nuances de uma mesma paisagem, não só ao longo do dia, como dos meses também (decorrentes de mudanças na posição do Sol, da vegetação e do clima em função das estações do ano).

Ao escolher uma paisagem para servir de cenário para uma gravação, sendo possível não efetuar as gravações no mesmo dia e sim retornar em diferentes horários ao local, para observar, dentre as várias diferentes "paisagens", qual a que melhor traduz o "clima" desejado. Observar as áreas de sombras, a posição do Sol (que pode indicar a necessidade de refletores / rebatedores), os fortes contrastes luz / sombra (sempre geralmente ruins), o ângulo de incidência do Sol na paisagem e nas eventuais pessoas e objetos a serem gravados em primeiro plano e outros elementos pode fazer uma diferença significativa na qualidade final do trabalho.