o sinal de vídeo armazenado na quase totalidade dos formatos digitais sofre compressão antes de ser armazenado no meio magnético (fita, disco). Neste processo, partes de informação da imagem são descartadas, de maneira que o resultado final ocupe menos espaço para ser armazenado. Existem duas formas de se comprimir dados de imagens digitais, com perda de qualidade (processos conhecidos como 'lossy', onde há perda de detalhes) e sem perda ('lossless'). A maioria dos processos utilizados em vídeo é do primeiro tipo, porém com perda mínima observável na qualidade da imagem.

Existem diversos algoritmos de compressão, a maioria deles extremamente complexa, porém executados de forma extremamente rápida por microprocessadores embutidos no interior das câmeras e outros dispositivos manipuladores de imagem de vídeo. Um pequeno exemplo conceitual de processo de compressão seria guardar a informação contida no número abaixo ocupando menos caracteres do que os 30 utilizados:

13487777770000031111111111111111118 (35 caracteres)

algoritmo: indicar entre parênteses a quantidade de algarismos repetidos e o algarismo a ser repetido a seguir; sequência obtida:

1348(6/7)(5/0)3(18/1)8 (22 caracteres)

a sequencia assim obtida seria gravada no meio magnético; no momento da recuperação das informações (play) um microprocessador decodificaria a mesma obtendo o sinal reconstruído:

13487777770000031111111111111111118 (35 caracteres)

o número acima poderia ser o resultado do processo de digitalização de parte de uma imagem, e a parte repetitiva (série de '1's por exemplo) estar representando um trecho de céu azul. O exemplo mostra um processo rudimentar de compressão sem perdas, mas nos algoritmos reais a perda acaba ocorrendo devido à necessidade de altas taxas de redução do tamanho ocupado pela informação. No exemplo, o algoritmo poderia decidir que o trecho '000003' poderia ser trocado na imagem por '111111' de maneira praticamente imperceptível. Assim, a sequência comprimida passaria a ser:

1348(6/7)(24/1)8 (16 caracteres)

ilustrando um processo de compressão com perdas. Os processos de compressão empregados em vídeo são normalmente do tipo que envolve perdas, porém estas são geralmente minimizadas intervindo-se em outros fatores do processo, como por exemplo aumentando-se a qualidade do original capturado.

Quanto maior a taxa de compressão empregada maiores serão estas perdas de qualidade, gerando artefatos de compressão observáveis na imagem final.