(frames / seg) No início da década de 50, nos EUA, o comitê National Television System Committee estabeleceu o padrão para TV colorida conhecido como NTSC. Como já existia uma grande base de aparelhos P&B funcionando, para manter a compatibilidade com eles o novo sistema deveria ter suas imagens captadas sem problemas por esses aparelhos também. Desenvolver um sistema completamente novo faria com que todos esses televisores tornassem-se obsoletos da noite para o dia, exigindo assim sua troca, e a coexistência de 2 sistemas não era algo prático nem viável.

A solução encontrada foi embutir os sinais de cores dentro do sinal já existente P&B, de modo que televisores antigos simplesmente o ignorassem. Para isso, através da técnica de multiplexação (que, de maneira simplificada, nesse caso significa ter diferentes tipos ondas eletromagnéticas (chamadas subportadoras) "montadas" sobre uma mesma onda principal (chamada portadora) onde varia-se a frequência dessas ondas subportadoras) foi incluída uma nova onda no sinal, correspondendo a sua parte de cor. Como os aparelhos antigos não "liam" essa frequência nova, estava revolvido o problema.

Os engenheiros perceberam no entanto que essa nova frequência de onda incluída causava interferências no sinal de áudio do sistema, que possuía frequência próxima da frequência do novo sinal de cor. Para minimizar o problema de poder ocorrer essa interferência, algumas modificações no padrão original tiveram que ser feitas, sempre de modo a não interferir na recepção dos sinais P&B pelos antigos televisores. E uma dessas modificações foi reduzir ligeiramente o frame rate do sinal, em uma taxa de 0,1% (mais precisamente o resultado da divisão de 1000/1001, ou seja, 0,999000999000999000999000999...).

Com isso, ao invés de se ter 30qps, passou a ter-se 30000/1001 = 29,97qps (ou, mais precisamente, 29,97002997002997002997002997... qps). Esse fato levou a criação de técnicas como a do drop frame Timecode, para opcionalmente ajustar a contagem de tempo do vídeo com a do tempo real. Como o vídeo "corre" mais lentamente do que o tempo real (em uma taxa de 0,1%, como visto acima), ao término de cada minuto (exceto os terminados em "0") a numeração de contagem dos quadros no Timecode avança 2 quadros, para compensar essa diferença do frame rate do sistema NTSC com o tempo real.