(National Televison Standards Committee) padrão definido por uma associação entre um comitê com este nome, emissoras de TV e fabricantes de receptores, nos EUA, no início dos anos 50, originalmente especificando como imagens em preto e branco deveriam ser transmitidas analogicamente de um ponto a outro. O espectro de altas frequências VHF havia sido dividido em 13 canais em 1945 pelo US Federal Communications Commission, determinando com isso um tamanho máximo de banda para cada um. Os engenheiros deste comitê tiveram então de criar especificações que fizessem com que a quantidade de informação transmitida coubesse no espaço destinado a cada canal.

Assim, foi estabelecido que a frequência de troca de quadros na imagem seria de 60/seg, igual aos 60 Hz (ciclos/seg) utilizados na corrente elétrica nos EUA, a quantidade de linhas na tela 525, a resolução horizontal 330 linhas e o sinal monoaural. Como a largura de banda disponível não era suficiente para transmitir uma imagem completa, com todas as linhas, 60 vezes por segundo, optou-se por dividi-la em 2 partes, uma com as linhas pares e outra com as ímpares, mostradas alternadamente, a cada 1/60 seg - conceito denominado interlace de imagem - fato para o olho humano imperceptível.

No início da década de 60 o padrão NTSC foi implementado, tendo sido acrescentadas as especificações para imagens coloridas. Como não havia espaço para aumentar a banda disponível para acrescentar as informações de cor, os engenheiros do comitê criaram um segundo sinal, específico para cor, misturado de forma codificada ao primeiro, destinado à luminância, criando assim um sinal composto. O requisito básico era que o sinal de luminância deveria permanecer inalterado com esta modificação, para permitir que antigos televisores em preto e branco continuassem a captar a mesma imagem de antes.

Além disso, o frame rate utilizado teve que ser modificado de 30qps para 29,97qps por uma série de questões de engenharia exigidas na mistura dos sinais de cor no de luminância acima descrita. Enquanto a mudança não afetava de maneira perceptível a imagem dos televisores P&B, era exigida para os novos aparelhos coloridos. Isso fazia com que o ajuste da frequência de desenho das imagens na tela baseada no sincronismo com a corrente elétrica que entrava pelo fio do aparelho conectado à tomada não era mais possível, exigindo técnicas mais elaboradas e dispendiciosas para ser realizado. Mas então a eletrônica já estava bem mais desenvolvida e avançada do que na época do surgimento da TV P&B, o que possibilitou a realização desta mudança. 

A forma como os sinais foram misturados apresentava no entanto muitas vezes falhas nas cores, como enfraquecimento em determinados pontos, mistura com partes de outra cor e supersaturação de determinadas cores - principalmente o vermelho. A ausência de indicação de referência absoluta no sinal de cor ( x % de azul, mas em relação a qual padrão de azul?) deixava os aparelhos livres para reproduzir as cores conforme seus ajustes individuais (receptores colocados lado a lado mostravam a mesma cor com tons diferentes); para ajustá-los eram necessários recursos como color bars e vetorscópios por exemplo. Como melhoria deste padrão, foi proposto o padrão PAL, no final dos anos 60. Mais tarde, dentro do possível permitido pelas restrições já estabelecidas nas especificações de engenharia do sinal, diversas modificações foram feitas, propiciando a minimização dos defeitos acima descritos.

Posteriormente, em 1986, o padrão NTSC foi novamente implementado, com o som estéreo, as legendas para surdos embutidas no sinal e o sinal de som multi-língue SAP.

Alguns países que utilizam NTSC: Bahamas, Barbados, Bermudas, Bolívia, Cambodja, Canadá, Chile, Colômbia, Coréia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Guatemala, Honduras, Japão, México, Panamá, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Suriname, Trinidade e Tobago, Venezuela.

(Obs. em alguns poucos países há mais de um padrão em uso, geralmente um oficial e outro introduzido por novos serviços de TV a cabo ou utilizado para recepção de sinal proveniente de países vizinhos, em locais próximos às fronteiras. Ainda em outros países existe diferença de padrão quando a transmissão / recepção é feita em VHF ou UHF; no Brasil em ambos sistemas o padrão é o mesmo, PAL-M).

O sinal de um sistema geralmente não é compatível com outro: dependendo do sistema, uma fita gravada em PAL por exemplo pode não apresentar imagem alguma em um VCR do sistema SECAM por exemplo, ou mostrar imagens em preto e branco.