os televisores normalmente não exibem 100% da área da imagem enviada aos mesmos: uma pequena faixa acima e abaixo, e também dos lados da imagem não é mostrada. Essa área, que fica escondida pela moldura da estrutura do gabinete, pode variar de 10 a 20% do quadro total de imagem e chama-se overscan (scan (varredura) efetuado sobre a área destinada à moldura). O overscan não é um erro dos aparelhos, tendo sido  previsto para acomodar as diferenças das margens dos tubos de imagem (CRTs) quando a TV foi criada. Variações na voltagem da rede elétrica de um local a outro, ou mesmo flutuações no mesmo local, faziam com que a imagem ficasse com dimensões ligeiramente diferentes na parte frontal do tubo, e a moldura sobreposta às extremidades da mesma escondia essas alterações, conferindo um aspecto visual melhor à imagem mostrada. Os estúdios passaram a gerar conteúdo levando em conta essa margem, chamada safe area.  Além disso, a TV exibe principalmente imagens móveis, cujo foco de interesse geralmente encontra-se em sua parte central.

Em videoprodução no entanto, pode ser útil em determinadas situações ver o quadro completo da imagem, incluindo os 4 cantos que, com o overscan não são mostrados. Essa visualização permite verificar as linhas iniciais e finais do quadro, assim como a faixa de pulso vertical de sincronismo (vertical sync pulse ou V-sync) para detectar eventuais problemas. É acionada em monitores profissionais através de um botão denominado underscan. Quando acionado, reduz ligeiramente o tamanho da imagem para que o quadro completo da imagem com seus 4 cantos possa ser visto.