o mesmo que efetuar o ajuste manual do balanço do branco. Para tanto, aponta-se a câmera para uma superfície branca (a rigor para uma superfície perfeitamente branca ou em situações de emergência para algum objeto desta cor, como uma camiseta branca por exemplo) ou então cobre-se a objetiva da câmera com uma tampa protetora das lentes feita de material translúcido (quando disponível no modelo). A seguir pressiona-se o botão correspondente ao balanço manual do branco, mantendo-o assim até ocorrer a indicação de que o processo está finalizado. Durante este tempo, que leva alguns segundos, o circuito eletrônico da câmera analisa as porcentagens das cores que compoem a luz branca: se houver desvio na proporção correta, o mesmo efetua a correção, deslocando a tonalidade para o vermelho ou azul, conforme a temperatura de cor da luz branca existente no ambiente. A seguir este ajuste é 'travado' (fixado e mantido inalterado até que o processo seja repetido).

Enquanto as condições de iluminação do ambiente, em relação à temperatura de cor não se alterarem, não será necessário rebater o branco. Várias câmeras que possuem esta função possibilitam manter o ajuste inalterado mesmo após a câmera ser desligada e religada: neste caso os dados são armazenados no equipamento e preservados através de uma pequena bateria instalada em um compartimento próprio da câmera e destinada a armazenar ajustes de vários tipos efetuados pelo usuário.

Existem 3 formas de bater o branco: na primeira delas, a superfície branca é iluminada somente pela luz a ser utilizada no local da gravação (ou a lente com a capa protetora translúcida é apontada para essa luz). Porém, se houverem por exemplo paredes vermelhas no local, a luz refletida pelas mesmas tenderá a ficar com tonalidade 'quente' , causando distorção no equilíbrio das cores. Neste caso, poderá ser utilizada a segunda forma, onde a superfície branca é iluminada pela luz refletida por essas paredes (ou a lente apontada com a capa protetora para a parede). A terceira forma utiliza uma superfície não-branca para bater o branco: uma superfície por exemplo ligeiramente azul 'engana' o circuito da câmera, que efetuará o ajuste tornando as imagens mais quentes (avermelhadas), atmosfera propícia para trasmitir a sensação de romantismo ou nostalgia por exemplo.

No segmento profissional outras providências adicionais são tomadas, como a calibração individual do output de cada câmera conectando-a ao vetorscópio. Embora seja um processo relativamente simples com câmeras de 3 CCDs deste segmento (que permitem o ajuste individual dos sinais e geram sinais do tipo vídeo componentes), é praticamente impossível de ser efetuado com câmeras de 1 só CCD.

Quando o ambiente em que a gravação é efetuada é iluminado por fontes de luz de temperatura de cor diferentes, é necessário efetuar um equilíbrio nestas temperaturas, recorrendo-se à gelatinas que são sobrepostas a refletores e/ou janelas, de modo que a temperatura de todas as luzes torne-se uniforme.

Em cinema e fotografia, que utilizam películas fotográficas para registrar as imagens, não existe o conceito de bater o branco: aqui o ajuste é conseguido através da utilização de filtros coloridos sobre a objetiva e/ou através de diferentes tipos de películas, fabricadas com sensibilidade própria a cada tipo de iluminação (ex. filme balanceado para exteriores - tipo 'daylight' - ou interiores - tipo 'indoors').